Cai em um golpe. Quer dizer, uma pessoa muito próxima caiu em um golpe. Mas para fins dessa newsletter eu sou a protagonista de tudo que acontece ao meu redor. Então, eu cai em um golpe. O golpe de achar que estar bem informada me protege de não ser feita de otária.
Achei que estava ciente dos riscos. Lembrei agora de alguns mecanismos de defesa que poderia ter usado. Mas já era. Já cai no golpe. Em menos de 5 minutos o golpista conseguiu me extorquir pouco mais de dois salário mínimos. Não sei vocês, mas o mínimo faz muita diferença aqui. O dobro do mínimo faz muito mais.
Não tem lição em ser trouxa. Se precisa ter lição, penso que seria essa: todo mundo será feito de otário um dia. E dói. Que ódio. Odeio perder dinheiro. Odeio mais ainda ser otária. O dobro do ódio me dói demais. Ainda não tá engraçado porque a conta tá vermelha. Para piorar nem tem uma história carismática por trás, um picolé de limão, um que história é essa, Porchat. Vai exigir imaginação trabalhar essa história para entreter as amigas.
É uma história que tem eu, otária, e o golpista, sortudo. Sortudo pois me passou a perna na distração e na saudade. Não precisou de nenhuma criatividade. Eu mesma criei as justificativas para o golpista na minha cabeça. Até nisso ele teve sorte, mirou em uma vítima compassiva que está passando por um período de relativa abundância e falsa generosidade.
O final da história vocês sabem. Nenhuma graça. Apenas prejuízo.
Pelo menos rendeu texto para a newsletter.
E quando a gente compra uma parte de uma parte de um resort NA PLANTA em uma tenda de venda imobiliária na praia?! Ahahahahahahah meu cérebro me traiu